sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Desigualdade Racial em um país de maioria afrodescendente

Em um país onde a miscigenação de raças predomina, a estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  apontou que 52% da população brasileira é composta por afrodescendentes. O racismo que era para ser extinto junto com a abolição, infelizmente ainda reina.

E no Distrito Federal não é diferente. 

Desde a criação da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (SEPIR), em 2011, o órgão recebeu 1.289 queixas de práticas de racismo, discriminação e atitudes de preconceitos. 

O número dessas ações podem ser maiores que a estatística. Pois, muitos casos são presenciados e negligenciados, seja por medo, receio de perder o emprego e ameaças que as vítimas sofrem, logo ficam fragilizadas e silenciam as dores. 

Um caso recente e polêmico que chamou a atenção das mídias nacional e internacional, foi o do preconceito sofrido pelo goleiro Aranha, do time do Santos. Ao perceber que estava perdendo a partida, a torcida adversária em coro passou a chamar o jogador de "macaco", entre outros termos pejorativos. 

Outros casos acontecem diariamente e com pessoas de diversas classes sociais. Muitos são julgados conforme a cor da pele, o tipo de cabelo e a situação econômica. 
Uma mulher negra, moradora de favela e empregada doméstica tinha de tudo para ser uma excluída socialmente. Mesmo diante das adversidades ela não recuou e se tornou a primeira mulher negra a assumir uma cadeira parlamentar no Rio de Janeiro. Benedita da Silva tem uma grande trajetória na política, foi deputada federal, senadora, governadora, e hoje é  uma respeitada autoridade engajada na defesa da igualdade racial. 

A melhor forma de enfrentar a desigualdade racial é na educação. Escolas de boa qualidade, desde a infância, colocaria todos no mesmo patamar. Respeito ao outro, independente de raça, credo, cor, classe social é o caminho para igualdade. 


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