Sempre me lembro de uma frase que a minha mãe dizia: "respeite sua professora, ela é a sua segunda mãe". Sorria da comparação que ela fazia, mas sempre mantinha o respeito e admiração pelas segundas mães que tive durante muitos anos.
Apreciava o jeito de cada professor que tive, foram enérgicos, calmos, revolucionários, pelas lutas de classes, sim, eram bem políticos naquela época.
Mesmo com alunos desinteressados, continuavam na batalha de ensinar, não apenas o conteúdo pedagógico, mas o conteúdo de vida que cada um tinha a relatar.
Aprendi muito com eles, ética, moral, integridade, cidadania e sobre as relações de amizades dentro e fora da escola. Me ensinaram a não me envolver com as más companhias e que o estudo é uma joia, basta o aluno ser deixado lapidar por bons professores.
Depois de muitos anos, encontrei a tão temida professora de matemática, Jacy. Ela me abraçou afetuosamente e ficou feliz por estar formada e não ter parado com os estudos. E me disse com orgulho e um brilho no olhar: "É muito bom ver os meus ex-alunos como cidadãos de bem, durmo tranquila, pois meu trabalho valeu a pena".
Hoje em dia, não sou boa em matemática, mas como cidadã, tenho boas notas azuis no meu boletim de vida.
Aos meus grandes mestres que me ensinaram a ser estudante, ser curiosa, perspicaz e acima de tudo pessoa do bem, o meu muito obrigada...
Por Claudia Souzec
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