Contra a ditadura da beleza

Qual a sua sensação de se olhar no espelho? Para algumas mulheres é um desafio encarar as gordurinhas, celulite, estrias e todos os traços que podem incomodar. Mas esse temor, por vezes, é influenciado pelo padrão de beleza adotado em diferentes culturas.

Muitas mulheres confundem a beleza natural com o que é imposto pelo mercado da moda e de cosméticos.  Essa disputa chega a ser desleal. Outro dado importante é a baixa autoestima, pelo fato de não atenderem aos padrões impostos, caem em dietas mirabolantes, recorrem às academias, drogas para emagrecer e cirurgias. Esse tipo de comportamento de idealização da beleza inatingível é uma tortura e se transforma em uma violência psicológica que pode resultar em anorexia ou bulimia. 

Em 2013, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apontou que o Brasil é o segundo colocado no ranking das cirurgias plásticas. Entre elas, a lipoaspiração que é a cirurgia campeã entre as mulheres, (foram 211 mil procedimentos só em 2011), seguida do implante de silicone nas mamas. A regra vale tanto para adultos quanto para adolescentes.

Algumas mulheres querem ser aceitas e a maioria entra em paranoia por não atenderem a beleza da moda. Mas por trás da preocupação exagerada com a aparência há uma fuga para a realidade, misturados com sentimentos de frustração, medo, angústia, insegurança, falta de amor próprio e a escassez de autoconhecimento.

O importante é amar a si mesma e não se deixar influenciar por um ideal de beleza que é incansável. Vença a alienação: não importa a idade, o peso da balança, a cor da pele ou o tipo de cabelo, o que realmente define a mulher é a essência e todos os valores que estão abaixo da aparência. A aceitação do corpo sublima a estética e evolui a autoestima.