terça-feira, 29 de julho de 2014

Creches para filhos de presidiárias

Mulheres são presas, trancafiadas atrás das grades, anos a fio, por se submeterem às exigências do companheiro traficante de drogas.

No Brasil, centenas de mulheres cumprem pena em presídios femininos após serem flagradas como "mulas" ou "aviões" do traficante, que na verdade, é o pai de seus filhos. As estatísticas mostram uma realidade assustadoramente cruel: mais da metade dessas presidiárias foram vítimas de ameaças de morte pelo próprio companheiro, que é traficante. Na verdade, o medo as tornam cúmplices desse crime bárbaro.

Grande parte dessas mulheres são mães e quando são presas seus filhos ficam abandonados, vulneráveis e se tornam vítimas da violência. Algumas são presas em estado de gestação e a criança, após três meses, é entregue ao Conselho Tutelar. Uma experiência inovadora, em um presídio em Vespasiano - Minas Gerais, mostra que essas mulheres, quando estão ao lado dos filhos têm mais chances de voltar para a sociedade recuperadas. Lá, as mães ficam com o filho até a criança completar um ano de idade.

Nossa ideia é que o presídio feminino de Brasília adote um sistema de creche para os filhos das gestantes e mães do cárcere. Esse ambiente contaria com uma estrutura adequada para os cuidados essenciais e longe da insalubridade que uma cela de prisão oferece.  


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